"Mas porque é tão difícil para ti entenderes isso?!", perguntou-lhe Jaime quase em jeito de grito. Ela apenas olhou para trás, continuando a caminhar a passos largos para o terminal que fazia a última chamada dos passageiros para o vôo Lisboa - Paris. Cansara-se de explicar. Havia sido assim há já umas semanas, depois de acabarem namoro. Não valia a pena baterem na mesma tecla. E ambos sabiam disso. E sabiam que deviam afastar-se. O amigo deles, que os tinha acompanhado ao aeroporto, pôs a mão sobre o ombro de Jaime: "Deixa-a ir. Vocês precisam disto, sabes bem." Mas Jaime não suportava ver o que estava a acontecer. Soltando-se da mão de Artur, começou a correr em direcção à sua amada: "Sara! Espera!" O segurança barrou-lhe o caminho: "O seu bilhete?" Sara já havia entrado no corredor que levava ao avião. "Não tenho, só quero falar com a minha ex, que já entrou", respondeu Jaime apressadamente. "Lamento, senhor, não pode entrar", disse o segurança. Mas Jaime, assustado com o facto de Sara estar a segundos de levantar vôo e não mais a ver, agarrou o segurança pelos colarinhos e, com os olhos enraivecidos, gritou: "O que faria você se o seu amor estivesse a abandoná-lo?!" Surpreendido com a reacção, o guarda rapidamente pega no transmissor rádio que tinha à cintura e pede reforços urgentemente. Jaime desespera, larga o segurança, e corre pelo corredor adentro, em direcção ao avião. À porta estavam duas hospedeiras de bordo que, vendo Jaime enlouquecido em direcção a elas, exclamam, assustadas: "Calma, senhor! O seu bilhete?" Sem responder, Jaime passa por entre as duas, quase as derrubando, entra no corredor central e, não vendo Sara entre tanta gente sentada, grita o nome dela, quando entretanto já mais seguranças haviam entrado a bordo, agarrando Jaime pelos braços: "Você vem connosco para a esquadra!" Do fundo do avião, uma voz feminina: "Esperem por favor!" Aproximando-se de Jaime e dos seguranças, Sara continua: "Ele é meu amigo. Por favor não o magoem." Os guardas replicam: "Menina, este rapaz violou regras de segurança. Temos de agir." Vindo do cockpit, o comandante do avião, já experiente e de idade avançada, fala aos seguranças: "Deixem-nos entenderem-se. Por outras experiências, sei bem que será mais fácil assim para todos, e também só tenho de levantar vôo daqui a 10 minutos. Temos tempo." Os guardas olham-se, sem saber o que fazer, e deixam Jaime explicar-se, já a soltar as primeiras lágrimas: "Sara, eu não te quero chatear. Só queria perceber como posso ser teu amigo, porque não sei, e pelos vistos tu sabes, pois parece que não te custa..." Sara toma o seu tempo e, sempre mirando a profundidade dos olhos chorosos de Jaime, responde carinhosamente: "Não digas isso. Custa-me, Jaime. Custa-me a ponto de eu ter de ir para outro país para me distanciar de ti. Não vês o quanto me custa? O nosso amor não tem salvação... Eu tento ao menos salvar a nossa amizade, para ver se não enlouqueço. É isso o quanto me custa..." Como uma varinha de condão, as doces palavras de Sara acalmaram o coração de Jaime que, sorrindo dolorosamente, respondeu: "Obrigado, Sara... Estarei sempre aqui para o que precisares..." Sara sorriu e verteu ela também uma lágrima pelo rosto: "Eu sei que sim. Obrigado." Sabendo o que passava pela mente de ambos, Jaime relaxou, soltou-se dos seguranças, recuou pé ante pé, sempre olhando nos olhos de Sara, levou a sua própria mão aos lábios, e soprou-lhe um beijo. Sara agarrou o beijo com a mão e encostou-o ao peito, ainda mais sorrindente e de lágrima a escorrer. Os guardas perceberam que o problema havia acalmado, pelo que deixaram Jaime sair pelo seu próprio pé. Voltando ao interior da sala de espera do aeroporto, Artur corre ao seu encontro: "Então

Adorei, ficou simplesmente lindo...ate me arrepiei a ler isto. Tens mesmo muito jeito, continua a escrever mais coisas destas :)
ResponderEliminarR: Não, como o chocolate que sempre comi, e por acaso nunca me deu borbulhas por isso.
Adoro! Tens muito jeito para escrever, e conseguiste juntar a temática do amor com a ideia do avião na perfeição :b
ResponderEliminarGostei :D
ResponderEliminarNão tens de agradecer, só disse a verdade, adorei mesmo!
ResponderEliminarAdorei .
ResponderEliminarTens jeito!!
ResponderEliminarGostei :)
R: É pintado.
ResponderEliminarA natural e castanho escuro.
ResponderEliminarIntenso :)
ResponderEliminarsimplesmente não tive vontade nem paciência , ainda não estou bem e estou instavel quero manter a distancia da sala de aula por enquanto pois sei que me vão fazer bué perguntas as quais eu não quero responder
ResponderEliminarNão sei se é uma história real ou apenas um conto, mas foi intenso e gostei muito
ResponderEliminarEra capaz de continuar a ler sem pestanejar, continua.
Beijinhos
Preciso mesmo de estabilidade ..
ResponderEliminarYour comment left me with tears in my eyes , i have no answer , in a way you opened my eyes and made me feel that i have to raise my head again .
ResponderEliminarThank you , thank you a lot ! :')
E esse pensamento que eu nao tenho , e isso que me falta .
ResponderEliminarOhhh, gostei tanto do texto :) Continua, tens jeito para a coisa!
ResponderEliminargostei muito! quemos ver mais contos o cachopo!
ResponderEliminarNao confudes acredita , obrigada por "isto" aserio , estava mesmo a precisar que alguém me abrisse os olhos e me fizesse sentir melhor e compreendida .
ResponderEliminarObrigada flip !
Então, moço? O que é feito de ti? :(
ResponderEliminar**
o meu blog evaporou nao sei como e por isso criei outro novo e deixo-te-o aqui para o caso de quereres seguir reencontroo-c.blogspot.pt
ResponderEliminaronde é que andas caro seguidor ? :s
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